terça-feira, 22 de maio de 2012

“DE VERDADE” E “DE MENTIRA/MENTIRINHA”



Desde os primeiros momentos de vida, quando o ser humano começa a interagir com o mundo, dá-se o desejo e a necessidade de confiar nas pessoas, confiança que acaba tornando-se sinônimo de verdade. Entretanto, a vida é um emaranhado de situações complexas, objetividades, subjetividades, simbologias, traduzidas muitas vezes em um mundo de mentirinhas. Existem assim coisas e situações que são “de verdade” e outras que são “de mentira/mentirinha.” A criança aprende desde muito cedo a conviver com esses dois mundos. 

A “mentira/mentirinha” está no nível da imaginação, portanto diferente da “mentira”. A “mentira/mentirinha” apreendida desde muito cedo não tem o mesmo significado da “mentira.” A primeira situação é perfeitamente compreensível, encantadora, mágica. A segunda, ao contrário, causa mágoa, insegurança, decepção, desconfiança, angústia, rompimento de vínculo afetivo.

O mundo do “faz de conta” não causa decepção. É arte. É brincadeira sadia. É um mundo maravilhoso. O que decepciona é a mentira. Essa tentativa de fazer crer em algo como verdadeiro, quando não passa de um “faz de conta”. Isso é decepcionante.