quinta-feira, 9 de agosto de 2012

EU SOU BREGA!!!



Eu adorei! Pois é, sabe aquelas horas em que você ver tanta verdade na tela do cinema que, de imediato, gera uma identificação? Eu vivi esta experiência, mais uma vez, na sala escura que iluminou sentimentos!.

Algum tempo atrás li na Folha de São Pulo sobre um documentário que retrataria o estilo musical denominado BREGA. Algo controverso este estilo heim! Ser ou não ser brega é uma questão! EU SOU! depois de me ver na tela misturado aos personagens reais ali retratados, não tive dúvida, aliás, sinto que sempre me percebi BREGA, afinal de contas quem sempre apreciou Núbia Lafaiete (Quem é essa???) Rosana, Odair José... o que dizer?


O documentário, da diretora Ana Rieper, apresenta umas pérolas de depoimentos dos apaixonados pelo brega. E por falar em paixão, determinado momento numa cena deliciosa, apresentando três amigas “paleando” ou afogando as mágoas no quintal, uma delas fala: “Mulé! A paixão é a coisa mais brega que eu já vi!! Ela cusumi o ser humano!” Trata-se de uma mulher que se diz triste, amarga e sofredora por dentro, apesar da possibilidade de sorrir um sorriso “livre”. Mas ela diz que ama o brega por que só neste estilo de música ela consegue se encontrar.

Lembro de certa ocasião em que perdi um “grande amor”. Grande amor? É, naquela época era isso mesmo! E não havia melodia mais profunda e trilha sonora mais perfeita do que Carlos Alexandre (Feiticeira) Rosana (Nem um toque e eu querendo, dizer muito prazer) Marquinhos Moura (Meu mel não diga adeus) e outros. Era uma sintonia de musica com sentimentos que só o Brega consegue retratar tão bem.

Outra pérola foi expressa pela empregada doméstica que admitiu gostar de Rita Lee, considerando um outro estilo de musica, mas “o que eu gosto mesmo é do brega! Menina, olha, no brega eu me aprofundo, eu vou no fundo do poço!”.

É assim, não houve um só depoimento que não aproximasse a musica brega da mais genuína vivencia cotidiana de seus admiradores. O documentário é precioso neste aspecto, revela uma verdade profunda, de uma vida intensa, mergulhada na foca! Ou na realização dos prazeres mais desejados de todos nós, como diz a gorda senhora na areia da praia de recife: “Minha filha, o importante é gozar! Eu quero é beijar na boca com sabor de vinho, mesmo que não tenha lareira! Beija encima e acende embaixo!”

Não se pode morrer antes de assistir “Eu vou rifar meu coração”.


Cheiro de vida entregue ao rio...
09.08.12

quinta-feira, 26 de julho de 2012

FELIZ ANIVERSARIO GILSON

Oi querido Gilson!!


Iniciando mais um ano de vida heim!

Tempo... tempo... tempo... tempo... “éis um senhor tão bonito”! Sim, o tempo e o “senhor” também. E o que fizestes com o tempo? No tempo? Pelo tempo? juntinho dele? O que criastes querido, tudo! Te constitui, te compõe, te constrói...

“Aproveitar o tempo" deve ser sentido como "DEGUSTAR CADA INSTANTE".

Dizem que o tempo está passando muuuuito rápido, eu também sinto, mas neste mês de julho estavas em férias na cidade de Recife, com familiares e amigos, e foram tantas intensidades sentidas que, tenho certeza, te fizeram sentir que o tempo passava puxado por uma tartaruga velha ... e que deliiiicia ter vivido este sentimento!!

Passagem rápida do tempo é uma situação real?
O tempo passa por nós?
Ou somos nós que passamos pelo tempo?
O tempo nos constrói ou nós o construímos?
Por que nas diferentes fases da vida o sentimos numa velocidade diferenciada?

Vamos combinar uma coisa?
Vamos Saborear melhor cada amigo, cada família, cada comida deliciosa, arriscar uma receita diferente não só no final de semana, chamar os amigos para compartilhar os temperos, ver o marrrrrrrr!!!!!! viajar, de preferência com um(a) amigo (a) que aprecie um bom café, uma boa música, um bom silêncio...

Meu querido Gilson.
Fico feliz por mais um ano de vida! Mais um ano é só um pedacinho do muito que ainda falta, mas este muito tem que ser prazeroso, por que viver muito só com tesão e gozo!!! Eu sei que nem queres morrer, confesso que sem gozo a vida há de minguar! Sem sonho, sem afeto e a beleza poética a vida vai sempre na contramão do que sentimos e pensamos acerca do que é a felicidade!!

Estes dias ouvi uma frase que diz: “Sou feliz todos os dias pela manhã quando consigo acordar antes de morrer!” Li também Luis Fernando Veríssimo que poetisa: “Eu sei que não vou viver para sempre, mas morrerei tentando!”
Lindo! Brilhante! Espetacular! Bárbaro! Huuuuuuuu- ruuuuu!!!

Tudo isso é uma homenagem à Vida... que eu te a faço através de mim!!

Gilson Reis
26.07.12

terça-feira, 22 de maio de 2012

“DE VERDADE” E “DE MENTIRA/MENTIRINHA”



Desde os primeiros momentos de vida, quando o ser humano começa a interagir com o mundo, dá-se o desejo e a necessidade de confiar nas pessoas, confiança que acaba tornando-se sinônimo de verdade. Entretanto, a vida é um emaranhado de situações complexas, objetividades, subjetividades, simbologias, traduzidas muitas vezes em um mundo de mentirinhas. Existem assim coisas e situações que são “de verdade” e outras que são “de mentira/mentirinha.” A criança aprende desde muito cedo a conviver com esses dois mundos. 

A “mentira/mentirinha” está no nível da imaginação, portanto diferente da “mentira”. A “mentira/mentirinha” apreendida desde muito cedo não tem o mesmo significado da “mentira.” A primeira situação é perfeitamente compreensível, encantadora, mágica. A segunda, ao contrário, causa mágoa, insegurança, decepção, desconfiança, angústia, rompimento de vínculo afetivo.

O mundo do “faz de conta” não causa decepção. É arte. É brincadeira sadia. É um mundo maravilhoso. O que decepciona é a mentira. Essa tentativa de fazer crer em algo como verdadeiro, quando não passa de um “faz de conta”. Isso é decepcionante.